Subsidiodependência

A Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) propõe que os 34 euros/dia pagos por dia pelo Estado para cada ambulância de emergência médica subam quase cinco vezes, para 150 euros, disse hoje um dirigente daquela organização.

Rui Rama da Silva, do conselho executivo da LBP, disse à agência Lusa que 150 euros por dia "seria um bom ponto de partida para a discussão".

De acordo com a Liga, 34 euros/dia é a verba que o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) paga por cada uma das 200 ambulâncias que tem distribuídas por 182 corporações de bombeiros de todo o país.

O presidente da LBP afirmou terça-feira que o INEM atribui para cada uma das 37 ambulâncias que gere directamente em Lisboa, Porto, Faro e outras cidades uma verba de 311 euros diários.

Esta diferença de verbas e a ausência de aumento, segundo a Liga, das tarifas pagas pelo INEM por cada serviço de emergência prestada pelos bombeiros levaram a LBP a recusar terça-feira assinar o anexo de um protocolo com aquele Instituto onde se inclui um novo tarifário.

Logo após a cerimónia, Duarte Caldeira acusou o INEM de ter colocado "administrativamente" o tarifário no protocolo sem qualquer negociação, ao contrário do que sucedeu com o restante articulado do novo acordo que rege a relação entre as diferentes entidades que participam no socorro de emergência em Portugal.

Além do Instituto e da Liga, o documento que revoga o anterior, em vigor há 25 anos, foi também subscrito pela Autoridade Nacional de Protecção Civil.

Após a assinatura do protocolo, o secretário de Estado da Saúde, Francisco Ramos, disse desconhecer os valores apresentados pelo presidente da Liga e escusou comentar as diferenças com esse mesmo argumento.

Hoje, contactado, pela Lusa, o porta-voz do INEM disse desconhecer como Duarte Caldeira chegou àqueles números, salvaguardando que a verba enviada para os bombeiros não se destina a pagar aos tripulantes das ambulâncias, ao contrário do que sucede com o Instituto, onde o orçamento das viaturas de emergência que gere é por si totalmente suportado.

fonte: Lusa / RTP

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