"Contudo éramos infinitamente pobres.
Vento…
Areia…
Estrelas…
Um estilo duro até para trapistas…
Mas sobre esta toalha de areia mal iluminada, seis ou sete homens que não possuíam mais nada no mundo alem das suas recordações… partilhavam entre si inviseis riquezas."
Saint Exupéry in "Tendas no Deserto"
Há quem diga que é o deserto é local onde podemos estar mais perto dos deuses,
Ou onde se consegue distinguir o essencial do acessório…
Também há quem vá, simplesmente… porque ele está lá.
É comum ouvir que o Deserto é a maior escola de humildade que há no mundo.
Lá, somos todos iguais, tal como Saint Exupéry escreveu:
“éramos infinitamente Pobres.. Vento…Areia…Estrelas…”
São muitos os relatos daqueles que já viveram os encantos e desencantos do deserto…
Thierry Sabine, criador do Dakar, sentiu na pele as agruras do Deserto, tendo escrito no limite do desespero:
“…o sol começa a fazer-me perder a razão, as pedras, chupo-as na esperança de me provocarem alguma saliva. Compreendo que a minha vida vale cada vez menos.”
Há algo no Deserto que escapa à nossa compreensão, há um apelo, algo que nos atrai.
Thierry Sabine tinha uma frase sobre o Dakar que cristaliza esse apelo do deserto:
“Um desafio para os que vão, um sonho para os que ficam”.
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