Lisboa, 27 Mai (Lusa) - O Ministério da Administração Interna (MAI) garantiu hoje que "não foi tomada qualquer medida" para a cessação da remuneração aos operadores da PSP que colaboram com o sistema de emergência 112, reagindo a uma queixa dos sindicatos.
"Estando em curso o processo de modernização do sistema de emergência 112, não foi tomada pelo Ministério da Administração Interna e pelo Ministério da Saúde qualquer medida que determine a cessação da remuneração devida aos operadores da PSP que asseguram o serviço nos respectivos postos de atendimento", refere o MAI num "esclarecimento" divulgado hoje.
Em causa estão 180 agentes que trabalham para o serviço 112 e que perderam um subsídio mensal de 75 euros atribuído pelo Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), conforme se queixaram a Associação Sindical dos Profissionais de Polícia (ASPP/PSP) e o Sindicato dos Profissionais de Polícia (SPP/PSP).
O presidente da ASPP/PSP, Paulo Rodrigues, disse hoje à Agência Lusa que os agentes deixaram de receber o subsídio em Janeiro e que não foram avisados pelo INEM.
"Os profissionais estão desesperados. Não houve por parte do INEM consideração por estas pessoas que todos os dias dão o seu melhor naquele serviço", sublinhou Paulo Rodrigues, adiantando que os agentes souberam hoje pelo jornal "24 Horas" que o subsídio tinha sido cortado.
O dirigente da ASPP/PSP adiantou que há muitos agentes que estão nas centrais de comunicações a fazerem a triagem das chamadas que chegam, a maioria reencaminhada para o INEM, e outros conduzem ambulâncias e dão apoio no socorro doentes e sinistrados.
"Todos eles têm uma relação ou apetência para aquele serviço, muito exigente, stressante e de muita responsabilidade", frisou.
Para compensar, o INEM atribuía-lhes um subsídio mensal de 75 euros, que "num ordenado de um polícia já representa muito", disse Paulo Rodrigues.
Segundo o dirigente sindical, há um "mal-estar" entre os agentes, alguns dos quais já comunicaram que iam desistir, alegando que "não houve respeito e consideração pelo seu serviço".
Contactado pela Lusa, o porta-voz do Instituto Nacional de Emergência Médica, Pedro Coelho dos Santos, explicou que antigamente os agentes tinham de realizar serviços do INEM porque este não cobria todo o país.
Em Agosto de 2006 o INEM passou a cobrir todo o território e em 2007 o Ministério da Administração Interna assumiu todas as questões relacionadas com o serviço 112, justificou.
Por estas razões, "o INEM entendeu que as condições que justificavam o pagamento do subsídio já não existiam", acrescentou.
Questionado pela Lusa sobre se a PSP vai assegurar o subsídio aos agentes, o porta-voz da Direcção Nacional, Hipólito Cunha, afirmou que "é um assunto interno que vai ser discutido entre a Direcção Nacional e a tutela [MAI]".
HN/TQ.
Lusa/Fim
"Estando em curso o processo de modernização do sistema de emergência 112, não foi tomada pelo Ministério da Administração Interna e pelo Ministério da Saúde qualquer medida que determine a cessação da remuneração devida aos operadores da PSP que asseguram o serviço nos respectivos postos de atendimento", refere o MAI num "esclarecimento" divulgado hoje.
Em causa estão 180 agentes que trabalham para o serviço 112 e que perderam um subsídio mensal de 75 euros atribuído pelo Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), conforme se queixaram a Associação Sindical dos Profissionais de Polícia (ASPP/PSP) e o Sindicato dos Profissionais de Polícia (SPP/PSP).
O presidente da ASPP/PSP, Paulo Rodrigues, disse hoje à Agência Lusa que os agentes deixaram de receber o subsídio em Janeiro e que não foram avisados pelo INEM.
"Os profissionais estão desesperados. Não houve por parte do INEM consideração por estas pessoas que todos os dias dão o seu melhor naquele serviço", sublinhou Paulo Rodrigues, adiantando que os agentes souberam hoje pelo jornal "24 Horas" que o subsídio tinha sido cortado.
O dirigente da ASPP/PSP adiantou que há muitos agentes que estão nas centrais de comunicações a fazerem a triagem das chamadas que chegam, a maioria reencaminhada para o INEM, e outros conduzem ambulâncias e dão apoio no socorro doentes e sinistrados.
"Todos eles têm uma relação ou apetência para aquele serviço, muito exigente, stressante e de muita responsabilidade", frisou.
Para compensar, o INEM atribuía-lhes um subsídio mensal de 75 euros, que "num ordenado de um polícia já representa muito", disse Paulo Rodrigues.
Segundo o dirigente sindical, há um "mal-estar" entre os agentes, alguns dos quais já comunicaram que iam desistir, alegando que "não houve respeito e consideração pelo seu serviço".
Contactado pela Lusa, o porta-voz do Instituto Nacional de Emergência Médica, Pedro Coelho dos Santos, explicou que antigamente os agentes tinham de realizar serviços do INEM porque este não cobria todo o país.
Em Agosto de 2006 o INEM passou a cobrir todo o território e em 2007 o Ministério da Administração Interna assumiu todas as questões relacionadas com o serviço 112, justificou.
Por estas razões, "o INEM entendeu que as condições que justificavam o pagamento do subsídio já não existiam", acrescentou.
Questionado pela Lusa sobre se a PSP vai assegurar o subsídio aos agentes, o porta-voz da Direcção Nacional, Hipólito Cunha, afirmou que "é um assunto interno que vai ser discutido entre a Direcção Nacional e a tutela [MAI]".
HN/TQ.
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