O nosso cliente habitual
Rui Nabigo, residente na Ribeira de Frades, é habitualmente encontrado caído...
Portugal e a Democracia
O estudo mostra que maiores graus de democraticidade estão tipicamente associados a países mais igualitários, mais tolerantes e onde os índices de confiança e felicidade são mais elevados. A democraticidade tende também a aumentar com o nível de PIB per capita e com o Índice de Desenvolvimento Humano, mas só até certo ponto (a partir do qual não há uma relação clara entre democraticidade e riqueza/desenvolvimento).
O «Índice de Democracia Quotidiana» baseia-se na análise do grau de democraticidade em 6 domínios (cada um deles avaliado com base em vários indicadores): democracia formal; activismo e participação cívica; aspirações e deliberação; democracia na família; democracia no local de trabalho; e democracia nos serviços públicos (e.g., educação, saúde). Portugal só não surge nos últimos lugares na avaliação do primeiro domínio (democracia formal). Lição a retirar: muito do trabalho que começou há 34 anos ainda está por fazer.
Resposta a um insulto:
Exmº Senhor Ministro Augusto Santos Silva,
Venho por este meio informá-lo que me sinto insultado pelas suas afirmações proferidas ontem à noite, em Chaves e dadas hoje à estampa na comunicação social escrita.
Foi o comunista do meu pai, Sérgio Vilarigues, que esteve preso 7 anos (dos 19 aos 26) no Aljube, em Peniche, em Angra e no campo de concentração do Tarrafal para onde foi enviado já com a pena terminada. Que foi libertado por «amnistia» em 1940, quatro anos depois de ter terminado a pena. Que passou 32 anos na clandestinidade no interior do país, o que constitui um recorde europeu. Não foi ao seu pai, e ainda bem, que tal sucedeu.
Foi a comunista da minha mãe, Maria Alda Nogueira, que, estando literalmente de malas feitas para ir trabalhar em França com a equipa de Irène Joliot-Curie, pegou nas mesmas malas e passou à clandestinidade em 1949. Que presa em 1958 passou 9 anos e 2 meses nos calabouços fascistas. Que durante todo esse período o único contacto físico próximo que teve com o filho (dos 5 aos 15 anos) foi de 3 horas por ano (!!!). Que, sublinhe-se, foi condecorada pelo Presidente da República Mário Soares com a Ordem da Liberdade em 1988. Não foi à sua mãe, e ainda bem, que tal sucedeu.
Foi a mãe das minhas filhas, Lígia Calapez Gomes, quem, em 1965, com 18 anos, foi a primeira jovem legal, menor (na altura a maioridade era aos 21 anos), a ser condenada a prisão maior por motivos políticos - 3 anos em Caxias. Não foi à sua esposa, e ainda bem, que tal sucedeu.
Foi a minha filha mais velha, Sofia Gomes Vilarigues, quem até aos 2 anos e meio não soube nem o nome, nem a profissão dos pais, na clandestinidade de 1971 a 1974. Não foi à sua filha, e ainda bem, que tal sucedeu.
Fui eu, António Vilarigues, quem aos 17 anos, em Junho de 1971, passou à clandestinidade. Não foi a si, e ainda bem, que tal sucedeu.
Foi o caso do primeiro Comité Central do Partido Comunista Português eleito depois do 25 de Abril de 1974. Dos 36 membros efectivos e suplentes eleitos no VII Congresso (Extraordinário) do PCP em 20 de Outubro de 1974, apenas 4 não tinham estado presos nas masmorras fascistas. Dois tinham mais de 21 anos de prisão. Com mais de 10 anos de prisão eram 15, entre eles Álvaro Cunhal (13 anos).
São casos entre milhares de outros (Haja Memória) presos, torturados e até assassinados pelo fascismo. Para que houvesse paz, democracia e liberdade no nosso país.
Para que o senhor ministro pudesse insultar em liberdade. Falta-lhe a verticalidade destes homens e mulheres. Por isso sei que não se retratará, nem muito menos pedirá desculpas. As atitudes ficam com quem as praticam.
António Nogueira de Matos Vilarigues IN O Castendo, Penalva do Castelo, Sábado, 8 de Março de 2008
Rapidinha...
I.E.8
A Microsoft disponibilizou uma versão-teste do Internet Explorer 8, a próxima edição do seu navegador de internet.
http://www.microsoft.com/windows/products/winfamily/ie/ie8/default.mspx
Viagens
“(…) bastava que ele visse um mapa para começar a estudá-lo apaixonadamente e se metesse, quase sempre, a planear qualquer nova viagem impossível, mas que eventualmente podia tornar-se realidade. Não se considerava um turista; era sim um viajante. A diferença reside em parte no tempo, explicava. Enquanto um turista geralmente está com pressa de voltar a casa ao fim de algumas semanas ou meses, o viajante, não pertencendo mais a um lugar que a outro, move-se lentamente, ao longo de anos, de um lugar na terra para outro.”
in “O Céu que nos protege” de Paul Bowles
Compreendi-te
De José para José
Na reportagem da SIC sobre o dia-a-dia de José Sócrates, o primeiro-ministro faz um telefonema para José Luis Zapatero. O Expresso pediu a uma tradutora para analisar a conversa e, em pouco mais de 20 segundos, Sócrates deu cinco erros.
Born To Be Wild
25º Raid Transportugal Accenture-Oracle
Entre os dias 11 e 13 de Abril arranca mais um Transportugal Accenture-Oracle que, na sua 25ª edição, vai cruzar a Beira Baixa.
Mantendo a mesma filosofia das edições anteriores, o Transportugal será, uma vez mais, um passeio fora de estrada a rolar ao sabor da aventura e da descoberta.
Ao longo de três dias, a Região Centro de Portugal será o pano de fundo de um raid, envolto em beleza e serenidade, que percorrerá trilhos pouco palmilhados pelo Homem, ou não fosse esse o verdadeiro espírito do Transportugal.
Nesta 25ª edição, o percurso irá ligar Castelo Branco, Tomar e a Covilhã sempre com o entusiasmo de um passeio que pretende mostrar os encantos de um Portugal repleto de esconderijos místicos.
Para o primeiro de três dias de aventura, a equipa do Clube Aventura escolheu um percurso de cerca de 200 Km entre Castelo Branco e Tomar. A etapa inaugural presta especial atenção ao rio Ocreza e ao Zêzere num percurso onde serão explorados alguns caminhos pouco utilizados em outras edições desta grande aventura.
A 12 de Abril, a contemplativa cidade de Tomar vai abrir as portas para receber a grande caravana que irá animar durante 200 km, com cor e movimento, o interior de Portugal. Para esta 2ª etapa, estão reservados caminhos por entre as mais famosas serras portuguesas. A Lousã, Açor e Estrela serão as principais atracções de um dia que irá ligar Tomar à Covilhã.
No último dia dá-se o inevitável regresso a Castelo Branco que, com pouco mais de cem quilómetros, vai percorrer algumas paisagens que não serão fáceis de esquecer.
Provas especiais de navegação e regularidade, transposição de obstáculos e diversos exercícios de campo serão também focos de animação para um passeio fora de estrada carregado de pontos emotivos.
A 25ª edição do Transportugal Accenture-Oracle será, assim, mais um importante marco na longa história de um passeio carregado de tradições em que José Megre é o rosto de uma organização competente e cheia de prestígio.
Parolos
Pouco antes do desafio, uma suposta secretária de Nicolas Cage telefonou para o Real Madrid a dizer que o actor americano estava na capital espanhola para promover o seu novo filme e que gostaria muito de assistir ao jogo.
É óbvio que o clube de Madrid se desfez em atenções. Enviou-lhe carro de luxo e motorista e instalou-o na bancada VIP. No intervalo da partida, os dirigentes do Real ofereceram-lhe, com pompa e circunstância, uma camisola do clube com o nome "Nicolas Cage" gravado nas costas, e o actor retribuiu com um autógrafo destinado ao museu da casa. "É uma honra para nós tê-lo aqui", disse-lhe o presidente Ramón Calderón. E o suposto "Cage", solene na sua pose de estrela de Hollywood, fez o favor de tirar fotos com dirigentes e convidados do Real.
No final, "Cage" quis ir ao balneário cumprimentar os jogadores, pedido prontamente aceite. Ali, a máscara caiu, entre grandes gargalhadas. "O quê, tu outra vez aqui?!", perguntou-lhe o avançado romano Totti, que já conhece bem os truques de Calabresi, entre abraços e galhofa geral.
Mais tarde, quando a história chegou aos ouvidos de Ramón Calderón, o presidente do Real Madrid tentou disfarçar a coisa: "Gosto muito de cinema e apercebi-me do disfarce logo no primeiro momento...", disse ele. Ninguém acredita no homem, pois claro.
Sugestão Da Semana
Um fim de tarde...
Um livro...
Saiu agora em filme, mas eu prefiro o livro.
É baseado na história verdadeira de McCandless, que já tinha ouvido falar:
"Em Abril de 1992 um jovem de 22 anos acabado de terminar a faculdade decide vadiar até ao Alasca deixando para trás a familia e todas as poupanças, percorreu durante 4 meses sozinho um caminho pleno de experiencias. Um must para todos os viajantes da estrada e da alma."
Apesar de extrema e um pouco diferente da que sinto, compreendo perfeitamente o que o impeliu a errar, a fugir às correntes da norma ditadas pela sociedade.
O matar o falso "EU" dentro de nós que está preso às raízes e à vida "segura".
Ele descobriu a essência da felicidade, vivendo num total despreendimento material e afectivo.
Um vádio à séria...
Uma música...
"Morre lentamente quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, quem não se permite, pelo menos uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos" - Pablo Neruda