Eu Já Volto...

“Quando não tens a mente onde está o teu corpo, leva a mente para onde está o teu corpo, ou traz o corpo para junto da tua mente”

Eu já volto... Vou ter com o meu corpo.

Apetece-me

Abanar a cabeça. Fazer o mundo girar. Baralhar as pessoas e os locais. Aparecer no fim do mundo. E começar tudo de novo.

Beijar-te as mãos, as palpebras e o rosto. Deixar os lábios para o fim. E beijá-los apenas hoje. Porque é o nosso beijo que eu quero e preciso. Agora.

For You


Tens o dom de libertar a alma que vive enjaulada no meu corpo...

Fácil de entender

Hoje ouvi esta música... E voltei a ouvir... E ainda outra e acho que ainda mais outra...


"Talvez por não saber falar de cor, imaginei….
Talvez por não saber o que será melhor, aproximei….
“O meu corpo é o teu corpo, desejo entregue a nós”. Sei lá eu o que queres dizer…..despedir-me de ti, adeus um dia voltarei a ser feliz….
Talvez por não saber falar de cor, imaginei….
Triste é virar as costas ao último adeus, sabe Deus o que quero dizer. Obrigado por saberes cuidar de mim, tratar de mim, olhar para mim, escutar quem sou….e se ao menos fosse igual a ti.
Eu já não sei se sei o que é sentir o teu amor, já não sei se sei o que é sentir. Se por falar falei, pensei que se falasse era fácil de entender……
É o amor que chega ao fim, um final assim assim é mais fácil de entender."

[The Gift]

Pequena Dor


Vi isto algures e gostei... Precisava partilhar... Faço-o com voçês.

Há músicas que têm de ser ouvidas.
Para bem do peito.
E de quem lá vive.

Chama-se "Pequena Dor", de Rui Veloso.

"a tua pequena dor
quase nem sequer te dói
é só um ligeiro ardor
que não mata mas que mói

é uma dor pequenina
quase como se não fosse
é como uma tangerina
tem um sumo agridoce

de onde vem essa dor
se a causa não se vê
se não é por desamor
então é uma dor de quê?

não exponhas essa dor
é preciosa é só tua
não a mostres tem pudor
é o lado oculto da lua

não é vicío nem custume
deve ser inquietação
não há nada que a arrume
dentro do teu coração

talvez seja a dor do ser
só a sente quem a tem
ou será a dor de ver
a dor de ir mais além?

certo é ser a dor de quem
não se dá por satisfeito
não a mates guarda bem
guardada no fundo do peito."

Entendi-te...

Extracto do relatório do árbitro Carlos Xistra relativo à apresentação do cartão amarelo ao jogador Micolli do Benfica, durante o jogo da 7ª jornada da BWin Liga, no Estádio do Sport Lisboa e Benfica, a 22 de Outubro:

"(...)O jogador da equipa visitada, Micolli, desmandou-se em velocidade tentando desobstruir-se no intuito de desfeitear o guarda-redes visitante. Um adversário à ilharga procurou desisolá-lo, desacelerando-o com auxílio à utilização indevida dos membros superiores, o que conseguiu. O jogador Micolli procurou destravar-se com recurso a movimentos tendentes à prosecução de uma situação de desaperto mas o adversário não o desagarrava. Quando finalmente atingiu o desimpedimento desenlargando-se, destemperou-se e tentou tirar desforço, amandando-lhe o membro superior direito à zona do externo, felizmente desacertando-lhe. Derivado a esta atitude, demonstrei-lhe a cartolina correspectiva. (...)"

Agora entendo porque não são públicos!

Atenção às promoções da SKODA




Entreposto da SIVA em Portugal (Azambuja)
enviado por jamike

Eu sou um imprudente

«Procede impunemente aquele que não se acomoda às coisas presentes, que não obedece aos costumes, que esquece aquela lei dos banquetes: ‘Bebe ou retira-te’; enfim, que quer que a farsa não seja farsa. Pelo contrário, serás verdadeiramente prudente, vendo que és mortal, não querendo saber mais do que os outros, convivendo ou errando de boa vontade com a universidade dos homens. Dirão que isto é estultícia. Não o nego, mas concordai que é essa a maneira de agir na farsa da vida.»

Erasmo de Roterdão, ELOGIO DA LOUCURA (1509)

Mário Cesariny (1923-2006)

Mário Cesariny de Vasconcelos, nascido em Lisboa a 9 de Agosto de 1923, de pai beirão e mãe castelhana, foi o principal representante do surrealismo português. Além de poeta, romancista e ensaísta, Mário Cesariny dedicou-se também às artes plásticas, sobretudo à pintura.

Estudou no Liceu Gil Vicente, frequentou o primeiro ano de Arquitectura na Escola Superior de Belas Artes de Lisboa (ESBAL) e mudou depois para a Escola de Artes Decorativas António Arroio, tendo igualmente estudado música com o compositor Fernando Lopes Graça.

Durante o período em que viveu em Paris, em 1947, frequentou a Academia de La Grande Chaumire.

Na capital francesa, conheceu o fundador do movimento surrealista francês André Breton, cuja influência o levou a integrar no mesmo ano, embora à distância, o Grupo Surrealista de Lisboa, formado por António Pedro, José-Augusto França, Cândido Costa Pinto, Marcelino Vespeira, João Moniz Pereira e Alexandre O'Neill.

Este grupo surgiu com o objectivo de protestar contra o regime político vigente em Portugal e contra o neo-realismo, mas houve cisões e Cesariny saiu, fundando mais tarde o "anti-grupo" "Os Surrealistas", com Henrique Risques Pereira, António Maria Lisboa, Fernando José Francisco, Carlos Eurico da Costa, Mário-Henrique Leiria, Artur do Cruzeiro Seixas e Pedro Oom, entre outros.

Em 1949, redigiu, com o grupo, o seu manifesto colectivo, "A Afixação Proibida" e promoveu as sessões "O Surrealismo e o seu Público em 1949" e a I Exposição dos Surrealistas.

Quando terminaram as experiências colectivas do que foi quase "um movimento (mais ou menos) organizado" - 1947/1953 e 1958/1963 - Cesariny prosseguiu sozinho, como fariam alguns dos seus outros companheiros que sobreviveram à aventura surrealista, com uma actividade inesgotável e orientada em várias direcções.

Nas suas obras, adoptava uma atitude estética caracterizada pela constante experimentação e praticou uma técnica de escrita e de pintura muito divulgada entre os surrealistas, designada como "cadáver esquisito", que consistia na elaboração de uma obra por três ou quatro pessoas, num processo em cadeia criativa, em que cada um dava seguimento, em tempo real, à criatividade do anterior, conhecendo apenas uma parte do que aquele fizera.


Autografia

Sou um homem
um poeta
uma máquina de passar vidro colorido
um copo uma pedra
uma pedra configurada
um avião que sobe levando-te nos seus braços
que atravessam agora o último glaciar da terra

O meu nome está farto de ser escrito na lista dos tiranos: condenado
à morte!
os dias e as noites deste século têm gritado tanto no meu peito que
existe nele uma árvore miraculada
tenho um pé que já deu a volta ao mundo
e a família na rua
um é loiro
outro moreno
e nunca se encontrarão
conheço a tua voz como os meus dedos
(antes de conhecer-te já eu te ia beijar a tua casa)
tenho um sol sobre a pleura
e toda a água do mar à minha espera
quando amo imito o movimento das marés
e os assassínios mais vulgares do ano
sou, por fora de mim, a minha gabardina
e eu o pico do Everest
posso ser visto à noite na companhia de gente altamente suspeita
e nunca de dia a teus pés florindo a tua boca
porque tu és o dia porque tu és
terra onde eu há milhares de anos vivo a parábola
do rei morto, do vento e da primavera
Quanto ao de toda a gente - tenho visto qualquer coisa
Viagens a Paris - já se arranjaram algumas.
Enlaces e divórcios de ocasião - não foram poucos.
Conversas com meteoros internacionais - também, já por cá
passaram.
E sou, no sentido mais enérgico da palavra
na carruagem de propulsão por hálito
os amigos que tive as mulheres que assombrei as ruas por onde
passei uma só vez
tudo isso vive em mim para uma história
de sentido ainda oculto
magnífica irreal
como uma povoação abandonada aos lobos
lapidar e seca
como uma linha férrea ultrajada pelo tempo
é por isso que eu trago um certo peso extinto
nas costas
a servir de combustível
é por isso que eu acho que as paisagens ainda hão-de vir a ser
escrupulosamente electrocutadas vivas
para não termos de atirá-los semi-mortas à linha
E para dizer-te tudo
dir-te-ei que aos meus vinte e cinco anos de existência solar estou
em franca ascensão para ti O Magnífico
na cama no espaço duma pedra em Lisboa-Os-Sustos
e que o homem-expedição de que não há notícias nos jornais nem
lágrimas à porta das famílias
sou eu meu bem sou eu partido de manhã encontrado perdido entre
lagos de incêndio e o teu retrato grande!


Mário Cesariny in “Pena Capital”, Assírio & Alvim

After all there was another


After all there was another - David Fonseca
Afinal havia outra - Mónica Sintra

GF - Bloopers

A propósito...

Nas guerras de D. João I de Portugal contra João de Castela e seu filho Henrique III (crise dinástica de 1383), quando todo o Alto Minho se havia já libertado do jugo invasor, Melgaço permanecia ainda nas mãos castelhanas. D. João I, impaciente com a resistência da praça, resolve assumir o comando das tropas e sitia esta vila. Num cerco que durou dois meses, notabilizou-se então a melgacense Inês Negra, vencedora em duelo travado contra certa mulher - a Renegada - também da vila, partidária do rei intruso. Conta Duarte Nunes de Leão, na sua "Crónica de D. João I":
"Havia uma mulher muito valente, parcial dos Castelhanos, que renegara a sua pátria, pois era daqui mesmo natural. Sabendo ela que no arraial dos Portugueses estava uma sua conterrânea, ousada e valente como ela, a mandou desafiar a um combate singular. Inês Negra aceitou o repto e se dirigiu para o ponto designado, que era a meia distância do arraial e da vila. Já lá estava a "arrenegada" e o combate começou encarniçado, ferindo-se com as mãos, unhas e dentes, depois de partidas as armas de que vieram munidas. (...) A agressora ficou debaixo, e teve de retirar para a vila, corrida, ferida e quase sem cabelo."
Os Portugueses "fizeram então grande algazarra aos Castelhanos" e, no dia seguinte (4 de Março de 1388), ocuparam finalmente a praça. Inês Negra, "cercada de besteiros, estava no alto da plataforma, onde o pendão das quinas ondeava, no mastro em que na véspera se ostentava orgulhosa a bandeira de Castela, e dizia com alegria: mas vencemos-te! Tornaste ao nosso poder. És do rei de Portugal".

Anarquista

Tão regrada, regular e organizada é a vida social portuguesa que mais parece que somos um exército do que uma nação de gente com existências individuais. Nunca o português tem uma acção sua, quebrando com o meio, virando as costas aos vizinhos. Age sempre em grupo, sente sempre em grupo, pensa sempre em grupo. Está sempre à espera dos outros para tudo.

Somos incapazes de revolta e de agitação. Quando fizemos uma "revolução" foi para implantar uma coisa igual ao que já estava. Manchámos essa revolução com a brandura com que tratámos os vencidos. E não nos resultou uma guerra civil, que nos despertasse; não nos resultou uma anarquia, uma perturbação das consciências. Ficámos miseravelmente os mesmos disciplinados que éramos.

Trabalhemos ao menos - nós, os novos - por perturbar as almas, por desorientar os espíritos. Cultivemos, em nós próprios, a desintegração mental como uma flor de preço. Construamos uma anarquia portuguesa.

Fernando Pessoa, O Jornal, 8-4-1915 (excertos)
in "O Banqueiro Anarquista", Fernando Pessoa, Antígona.

Miau

Com ou sem véu, se não oferece resistência e colabora, é uma lata de 400grs de vaca: Ingredientes: Carnes e subprodutos de animais (incluindo mín. 4% carne de vaca), Cereais, Extractos de proteínas vegetais, Substâncias minerais. Análise química (%): Proteína bruta: 10 / Gordura bruta: 3.5 / Cinza bruta: 2.5 / Fibra bruta: 0.3 / Humidade: 81.5. Vitamina E (alfatocoferoles):8 mg/kg. Níveis de vitaminas garantidos até à data de durabilidade mínima. Com corantes e conservantes autorizados pela UE.

Alerta Laranja

A propósito do lançamento, hoje, do dvd do filme de Ron Howard, baseado no "best-seller" de Dan Brown - «O Código Da Vinci», surge-me a dúvida metódica/filosófica, por sugestão do anarca que se constipa: o clitóris resulta de inteligent design? se sim terá sido a forma de Deus compensar a mulher pela ausência de possibilidade de sacerdócio?. No outro lado do mundo, a Igreja Australiana desenvolveu um site que tem como objectivo inviabilizar as teorias expostas no livro: a existência de uma descendência de Cristo, fruto do seu hipotético casamento com Maria Madalena, e a criação de uma ordem denominada Priorado do Sião, para assegurar a sua protecção contra as tentativas de eliminação por parte da Igreja Católica. Tudo sugestões para ajudar a passar este estado de alerta laranja. A tentação sempre foi de Cristo... e nunca será a última!

O Velho do Restelo


"Mas um velho d'aspeito venerando,
Que ficava nas praias, entre a gente,
Postos em nós os olhos, meneando
Três vezes a cabeça, descontente,
A voz pesada um pouco alevantando,
Que nós no mar ouvimos claramente,
C'um saber só de experiências feito,
Tais palavras tirou do experto peito:

- "Ó glória de mandar! Ó vã cobiça
Desta vaidade, a quem chamamos Fama!
Ó fraudulento gosto, que se atiça
C'uma aura popular, que honra se chama!
Que castigo tamanho e que justiça
Fazes no peito vão que muito te ama!
Que mortes, que perigos, que tormentas,
Que crueldades neles experimentas!


Luís Vaz de Camões
Os Lusíadas (Canto IV, 94 e 95)

1º Fórum de Divulgação Institucional - Cruz Vermelha Portuguesa - Núcleo de Santar

Embora já venha a queimar, tendo em conta o facto de muitos elementos ou companheiros do GOTA estarem intimamente ligados (huum...) a instituções de voluntariado, para os interessados (ou não...) aqui fica a informação desta acção, a realizar no Cine-Teatro de Nelas, no próximo dia 2 de Setembro de 2006.
A abertura do secretariado será às 09h, o almoço é por conta da casa :) e é certificada a participação. O vinho, dispensa apresentações...
Organização e Secretariado:
Telem. 91 40 87 841
mailto:nsantar@cruzvermelha.org.pt

frases de la semaine, quem sabe de lo day!


"... isto é um caso que já ultrapassa as fronteiras da europa e, quem sabe, do mundo!"

"... para meio entendedor, meia palavra basta. "

António Fiúza, Rei do Soquete, à SIC Notícias, sobre "Caso Mateus".

Pernas para que te quero!

Não acredito em coincidências... Continuo a achar que fomos plagiados... Fica à consideração dos interessados!

Amigos

"Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos. Não percebem o amor que lhes devoto e a absoluta necessidade que tenho deles.

A amizade é um sentimento mais nobre do que o amor, eis que permite que o objeto dela se divida em outros afetos, enquanto o amor tem intrínseco o ciúme, que não admite a rivalidade.

E eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos! Até mesmo aqueles que não percebem o quanto são meus amigos e o quanto minha vida depende de suas existências…

A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem. Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida.

Mas, porque não os procuro com assiduidade, não posso lhes dizer o quanto gosto deles. Eles não iriam acreditar. Muitos deles estão lendo esta crônica e não sabem que estão incluídos na sagrada relação de meus amigos.

Mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não declare e não os procure. E às vezes, quando os procuro, noto que eles não tem noção de como me são necessários, de como são indispensáveis ao meu equilíbrio vital, porque eles fazem parte do mundo que eu, tremulamente, construí e se tornaram alicerces do meu encanto pela vida.

Se um deles morrer, eu ficarei torto para um lado. Se todos eles morrerem, eu desabo!

Por isso é que, sem que eles saibam, eu rezo pela vida deles. E me envergonho, porque essa minha prece é, em síntese, dirigida ao meu bem estar. Ela é, talvez, fruto do meu egoísmo.

Por vezes, mergulho em pensamentos sobre alguns deles. Quando viajo e fico diante de lugares maravilhosos, cai-me alguma lágrima por não estarem junto de mim, compartilhando daquele prazer…

Se alguma coisa me consome e me envelhece é que a roda furiosa da vida não me permite ter sempre ao meu lado, morando comigo, andando comigo, falando comigo, vivendo comigo, todos os meus amigos, e, principalmente os que só desconfiam ou talvez nunca vão saber que são meus amigos!

A gente não faz amigos, reconhece-os."

Vinicius de Moraes (1913-1980)

O Teu Olhar

Partilho convosco estas linhas que me enviaram na volta do correio:

Se

Se és capaz de manter a tua calma quando
todo o mundo em redor já a perdeu e te culpa;
De crer em ti quando estão todos duvidando,
e, para esses, no entanto achar uma desculpa;
Se és capaz de esperar sem te desesperares,
ou, enganado, não mentir ao mentiroso,
ou, sendo odiado, sempre ao ódio te esquivares,
e não parecer bom demais, nem pretensioso;

Se és capaz de pensar - sem que a isso só te atires;
De sonhar, sem fazer dos sonhos teus senhores;
Se encontrando a Desgraça e o Triunfo conseguires
tratar da mesma forma a esses dois impostores;
Se és capaz de sofrer a dor de ver transformadas
em armadilhas as verdades que disseste,
e as coisas, por que deste a vida, estraçalhadas,
e refazê-las com o bem pouco que te reste;

Se és capaz de arriscar numa única jogada
tudo quanto ganhaste em toda a tua vida,
e perder, e ao perder, sem nunca dizer nada,
resignado, tornar ao ponto de partida;
De forçar, nervos, coração, músculos, tudo,
a dar seja o que for que neles ainda existe,
e a insistir assim quando, exausto, contudo,
resta em ti a vontade que ordena: "Persiste!";

Se és capaz de, entre a plebe, não te corromperes
ou, entre reis, não perder a naturalidade,
e de amigos, quer bons, quer maus, te defenderes,
Se a todos podes ser de alguma utilidade;
Se és capaz de dar, segundo por segundo,
Ao minuto fatal todo o valor e brilho,
Tua é a Terra com tudo o que existe no mundo
E - o que é muito mais - tu és um homem, meu filho!

Rudyard Kipling

O primeiro dia (mais um)

A princípio é simples, anda-se sozinho
passa-se nas ruas bem devagarinho
está-se bem no silêncio e no burburinho
bebe-se as certezas num copo de vinho
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida

Pouco a pouco o passo faz-se vagabundo
dá-se a volta ao medo, dá-se a volta ao mundo
diz-se do passado, que está moribundo
bebe-se o alento num copo sem fundo
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida

E é então que amigos nos oferecem leito
entra-se cansado e sai-se refeito
luta-se por tudo o que se leva a peito
bebe-se, come-se e alguém nos diz: bom proveito
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida

Depois vêm cansaços e o corpo fraqueja
olha-se para dentro e já pouco sobeja
pede-se o descanso, por curto que seja
apagam-se dúvidas num mar de cerveja
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida

Enfim duma escolha faz-se um desafio
enfrenta-se a vida de fio a pavio
navega-se sem mar, sem vela ou navio
bebe-se a coragem até dum copo vazio
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida

E entretanto o tempo fez cinza da brasa
e outra maré cheia virá da maré vaza
nasce um novo dia e no braço outra asa
brinda-se aos amores com o vinho da casa
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida.

Sérgio Godinho

Férias a quem trabalha!


O GOTA aguarda impaciente por um postal de férias. Envia-nos o testemunho da tua felicidade, ou a falta dela. Não deixes de partilhar connosco a ressaca da noite anterior, ou a alvorada premonitória de uma noite de arromba! Somos todos ouvidos, tornados olhos, desta tua passagem, mesmo que efémera, pelo mundo que também habitamos.

Deixa aqui no marco do correio, dizem que electrónico.

Qananica


O governo Israelita recusa qualquer cessar-fogo e convocou mais 15 mil reservistas. O primeiro ministro israelita garante que vai bombardear pelo menos 15 dias. O horror e a indignação estão presentes neste texto do jornalista, do The Independent, Robert Fisk, que vive no Líbano:

Escreveram, nas coberturas de plástico, os nomes das crianças mortas. "Mehdi Hashem, 7 anos, Qana", escrito em caneta de feltro no saco onde repousava o corpo da criança. "Hussein al-Mohamed, 12 anos, Qana", "Abbas al-Shalhoub, 1 ano de idade, Qana." E quando o soldado libanês veio recolher o pequeno corpo de Abbas, este curvou-se no ombro do soldado, provavelmente como o fazia no ombro do seu pai.

No total, 56 corpos foram trazidos para o hospital governamental de Tiro e para outras enfermarias, dos quais 34 eram crianças. Quando se esgotaram os sacos plásticos, embrulharam os pequenos corpos das crianças em tapetes. Os seus cabelos estavam emaranhados em areia, muitos tinham sangue a correr pela face. É preciso ter-se um coração de pedra para não se sentir a indignação que alguns de nós sentiu ao assistirmos ao que aconteceu. Este massacre foi uma obscenidade, uma atrocidade, sim, se a força aérea israelita bombardeasse, de facto, alvos estratégicos como reclama, isto também seria um crime de guerra. Israel reclama que os mísseis foram disparados pelos guerrilheiros do Hezbollah do sul do Líbano, da cidade Qana, como se isto justificasse este massacre. O primeiro-ministro israelita, Ehud Olmert, falou sobre o "terror islâmico" que ameaça a civilização ocidental, como se o Hezbollah tivesse morto todas estas pobres pessoas. Em Qana, apenas há 10 anos atrás, era o cenário de um outro massacre israelita de 106 refugiados libaneses mortos pela artilharia israelita, enquanto se abrigavam numa base das Nações Unidas da cidade. Mais de metade destas 106 pessoas eram crianças. Mais tarde, Israel disse que não tinha nenhum avião-espião de reconhecimento sobre o local do massacre, uma declaração que se verificou não ser verdadeira.O Independent descobriu um vídeo que mostrava este avião por cima do Campo em chamas. É como se Qana, cujos habitantes afirmam ter sido a vila onde Jesus transformou a água em vinho, fosse amaldiçoada pelo Mundo, condenada para sempre a receber tragédias. E não há dúvidas acerca dos mísseis que mataram todas estas crianças ontem. Vieram dos Estados Unidos, e num dos seus fragmentos estava escrito: "MK-84 Bomba Guiada BSU-37-B". Sem dúvida que os fabricantes podem chamá-la de "à prova de combates", porque destrói prédios de três andares, como aquele onde as famílias Shalhoub e Hashim viviam. Perderam a vida quando se refugiaram na cave para fugir de um enorme bombardeamento israelita. Encontrei Nejwah Shalhoub deitada no hospital governamental de Tiro, a sua face e o seu maxilar tinham ligaduras, como Robespierre antes da sua execução. Ela não chorou, nem gritou, apesar da dor estar escrita na sua cara. O seu irmão Taisir, que tinha 46 anos, foi morto. Também a sua irmã Najla. Também a sua pequena sobrinha Zeinab, que tinha apenas 6 anos. "Estávamos na cave escondidos quando a bomba explodiu à uma da manhã", disse ela, "Em nome de Deus, o que fizemos nós para merecer isto? Tantos dos mortos são crianças, os idosos, as mulheres. Algumas das crianças ainda estavam acordadas a brincar. Porque é que o mundo nos fez isto?". Com as mortes de ontem, são cerca de 500 o número total de mortos civis no Líbano, desde o início dos bombardeamentos israelitas por ar, terra e água, a 12 de Julho de 2006 depois do Hezbollah ter cruzado a linha da fronteira, ter morto 3 soldados israelitas e capturado outros dois. Mas o massacre acabou com mais de um ano de antagonismo mútuo dentro do governo libanês onde políticos "pró-americanos" e "pró-sírios" denunciaram o que descreverem de "um crime horrendo". Milhares de manifestantes atacaram o maior edifício das Nações Unidas, em Beirute, gritando: "Destrói Telavive, destrói Telavive", e o primeiro-ministro do Líbano, o normalmente imperturbável Fouad Siniora, chamou a secretária de Estado Norte-americana Condoleezza Rice e ordenou que esta cancelasse a sua iminente viagem de paz a Beirute. Ninguém neste país poderá esquecer como o presidente George Bush, a Sra. Rice, e Tony Blair recusaram repetidamente pedir um cessar-fogo imediato, uma trégua que poderia ter salvo todas aquelas vidas. A Sra. Rice apenas disse: "nós queremos um cessar-fogo assim que possível", um comentário seguido de um anúncio israelita de que tencionam manter os bombardeamentos no Líbano por mais duas semanas no mínimo. Durante o dia, os habitantes de Qana e a protecção civil escavaram as ruínas do edifício com pás e com as mãos, rasgando o entulho até conseguirem retirar um corpo atrás de outro, ainda vestidos com roupas coloridas. Numa das secções das ruínas, eles encontraram o que restava de um quarto com 18 corpos lá dentro. 12 dos mortos eram mulheres. Por todo o sul do Líbano agora, encontram-se cenas como esta, não tão grotescas em escala, talvez, mas também terríveis, para as pessoas destas vilas que estão aterrorizadas para sair e aterrorizadas em sair. Os israelitas deixaram cair panfletos em Qana, ordenando as pessoas a abandonar as suas casas. Até agora, por duas vezes, desde que Israel começou os ataques, os israelitas ordenaram os habitantes de vilas e aldeias a abandonarem as suas casas e depois atacaram-nos com aviões enquanto estes obedeciam às instruções israelitas e fugiam. Existem pelo menos 3000 muçulmanos Shia encurralados entre as vilas de Qlaya e Aiteroun perto das últimas incursões militares em Bint Jbeil e nenhum deles poderá sair sem medo de morrer nas estradas. E qual foi a reacção do Sr. Omert? Depois de expressar o seu "grande pesar", ele anunciou: "nós não vamos parar este conflito, apesar dos difíceis incidentes desta manhã. Nós vamos continuar a actividade, e se necessário ela será estendida sem hesitação." Mas quanto mais poderá ser estendida? A infraestrutura libanesa está a ser progressivamente destruída, as suas vilas aniquiladas, o seu povo cada vez mais aterrorizado e o terror é a palavra usada pelos bombardeiros israelitas feitos na América. Os mísseis do Hezbollah são feitos no Irão, e foi o Hezbollah que iniciou esta guerra com os seus raides ilegais e provocadores pela fronteira. Mas a selvajaria israelita contra a população civil tem chocado profundamente não apenas os diplomatas ocidentais que permanecem em Beirute, mas centenas de trabalhadores humanitários da cruz vermelha e de outras grandes agências humanitárias. Incrivelmente, ontem Israel negou uma passagem segura à caravana do Programa Alimentar das Nações Unidas em rota para o Sul, uma missão de seis camiões que deveria transportar produtos de assistência para a cidade do sudeste de Marjayoun. Mais de 750 mil libaneses saíram de suas casas, mas não existe um número preciso dos que ficaram encurralados no sul. Khalil Shalhoub, que sobreviveu entre os destroços de Qana ontem, disse que a sua família e a família Hashim foram atacados por aviões durante mais de duas semanas. A autoestrada de mais de 7 milhas entre Qana e Tiro está desfeita com casas em ruínas e carros familiares incendiados. Na quinta-feira, o exército israelita na rádio Al-Mashriq, que difunde para o sul do Líbano, transmitiu aos residentes que as suas vilas iriam ser "totalmente destruídas" se fossem disparados mísseis. Mas se alguém observou os ataques de Israel nestas últimas duas semanas sabe que, em muitos casos, os israelitas não sabem o local exacto de onde o Hezbollah dispara os mísseis, e quando sabem, eles falham os seus alvos. Como poderá um habitante de uma vila ou aldeia prevenir o Hezbollah de disparar rockets da sua rua? O Hezbollah resguarda-se em casas civis, tal como as tropas israelitas ao entrar em Bint Jbeil na semana passada. Mas poderá ser isto uma desculpa para o massacre desta dimensão? O Sr. Siniora dirigiu-se aos diplomatas estrangeiros em Beirute, ontem, dizendo que o governo em Beirute estava apenas a pedir um imediato cessar-fogo e que já não estava interessado num pacote político para ir com ele. Valerá a pena dizer que o Sr Jeffrey Feltman, cujo país fez a bomba que matou os inocentes de Qana , escolheu não comparecer.

Publicado no Independent a 31 Julho 2006

Conta-me histórias

Hoje, com os meus, ouvi esta:

Agora que pousas a cabeça
Na almofada, e respiras satisfeito
Quero o teu amor sem sentido
Nem proveito

Agora que repousas
Lentamente sigo a curva do teu peito
Procuro o segredo do teu cheiro

Juntos fomos correndo lado a lado
Juntos fomos sofrendo ter amado
Amas a vida,
E eu amo-te a ti
Conta-me histórias daquilo que eu não vi
Conta-me histórias daquilo que eu não vi

Logo juntas a tua roupa
E dizes que a vida está lá fora
Passou a minha hora
Passou a minha hora

... Foi muito bom!

Pura Logística

Abram alas para o Noddy (Noddy)
Com a buzina a tocar (pi pi pi)
Abram alas para o Noddy (Noddy)
Todos cá fora a brincar (pi pi pi)
Abram alas para o Noddy (Noddy)
Vamos gritar um viva
Preparar, estar pronto já
Hoje é um grande dia
O Noddy está a chegar.
Abram alas para o Noddy (Noddy)
No seu carro amarelo (pi pi pi)
Abram alas para o Noddy (Noddy)
O dia vai ser tão belo (pi pi pi)
Abram alas para o Noddy (Noddy)
Vamos gritar um viva
Vamos dançar, cantar,
O dia é de alegria
É o Noddy! (pi pi pi) Abram alas!


Podes brincar com o Noddy aqui
Importante: Qualquer semelhança com a realidade não é pura coincidência.

Habbo Hotel


O Habbo Hotel é um Hotel virtual. Podes conversar, andar, dançar, comer, beber e muito mais. Aproveita e dá uma volta pelos cafés, restaurantes, piscinas e salas de jogos do Hotel. Para isso, é necessário registar e construir um personagem. Depois, visita o nosso quarto, que tem, é evidente, o nosso nome - GOTA. Passa por .

Flyer

Low Profile

Behavior or activity carried out with deliberate restraint or modesty so as not to attract attention: keep a low profile.


Pergunta o sapo à porca:

- És alguma sapa?

Responde a porca:

- Não, sou Dora!

- Ah, desculpa... Pensava que eras uma Sapa, Dora!

Três em Um

Depois das declarações (ver publicação anterior) de Luís Cunha Ribeiro, presidente do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), e ,também, de Nelson Pereira, seu director clínico, perante a Comissão Parlamentar de Saúde, as três Associações representativas da Emergência Médica (assim o escrevem) publicam e divulgam o seguinte:

COMUNICADO
As três Associações representativas da Emergência Médica, A.N.T.E.P.H. (Associação Nacional de Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar), A.P.E.E.P.H. (Associação Portuguesa de Enfermeiros de Emergência Pré-Hospitalar) e a A.P.M.E. (Associação Portuguesa de Medicina de Emergência) deliberaram, na sequência das afirmações proferidas pelo Sr. Presidente do I.N.E.M. e do seu Director dos Serviços Médicos perante a Comissão Parlamentar de Saúde da Assembleia da República, comunicar publicamente a seguinte tomada de posição conjunta:

1. Congratulamo-nos pelo facto da Emergência Médica ter sido objecto de preocupação por parte dos deputados dos grupos parlamentares representados na Comissão de Saúde. Só esse facto por si já é motivo de satisfação, pois permitiu que ficasse patente que subsistem sérios problemas nesta área tão fundamental, e que existe a clara tentativa de branqueamento desta problemática diante o País, e em particular, perante os próprio representantes dos Portugueses, eleitos para a Assembleia da República.

2. O Sr. Presidente do INEM assumiu perante os Deputados da Nação, (que devem ser os primeiros a zelar pelo cumprimentos das Leis de Portugal), que o I.N.E.M. não cumpre a lei, ao tripular as trinta ambulâncias que dispõe de profissionais contratados pelo próprio Instituto, só com dois elementos. Mais grave ainda, no nosso entender, que o incumprimento da Lei, assumida perante os Deputados seja justificada com o risco de paralisar um terço (10 das 30 Ambulâncias num universo de mais de 250 só do INEM, para além das várias centenas agregadas aos Bombeiros) por falta de verbas. Relembramos que o INEM possui mais de 250 Ambulâncias, das quais só 30 dispõe de Disfibrilhador Automático (exigido também por Lei para serem classificadas como Ambulâncias de Socorro (TIPO B) e que terão efectuado 20 % dos Transportes de Emergência em Portugal. Em analogia podemos assumir que quase 80 % do Transporte de Emergência por essas ambulâncias são efectuado sem cumprir standards básicos da Medicina de Emergência, confirmando as sérias preocupações antes manifestadas pela APME no Parlamento. Importa ainda esclarecer que durante o transporte é imprescindível que o doente seja acompanhado por 2 elementos, enquanto o terceiro conduz, pois é praticamente impossível efectuar manobras de suporte básico de vida com êxito, só com um elemento, com uma ambulância em andamento. Coloca-se assim em risco a possibilidade de reanimação e a lei actual está tecnicamente correcta ao exigir que a equipa seja composta por 3 elementos.

3. Foi divulgado ainda que o I.N.E.M. assumiu que não haveria país nenhum que tivesse três elementos nas Ambulâncias. Demonstra assim, ou desconhecimento da realidade internacional, ou então simplesmente uma inacreditável falta de respeito pela verdade: Basta deslocar-se à vizinha Espanha ou a países como Israel, para observar que existem ambulâncias com três elementos, muitas das vezes com a composição que consideramos ideal (Médico, Enfermeiro e Técnico de Emergência) e que se revela de enorme valor pela sua complementaridade profissional e pela coordenação Médica da Equipa. Advogou ainda que a recomendação europeia indica 2 elementos por equipa. Verdade é que as recomendações advogam no mínimo dois elementos. Esquece ainda que Técnicos de Emergência noutros países dispõe de formação muito mais aprofundada (aproximadamente 250 horas em Portugal vs. mais de 1500 horas em outros países Europeus) e com capacidade de intervenção claramente superior. Podemos facilmente concluir que o INEM não cumpre a lei e que também nesse ponto confirma objectivamente as observações feitas pela APME na Comissão de Saúde.

4. Foi assumido ainda que essas 30 Ambulâncias estão colocadas nas principais cidades do Litoral, por motivo de racionalização de meios e maior probabilidade de se poder gerir a capacidade de salvar vidas. Essa afirmação assume uma gravidade inaceitável, pois demonstra, que o I.N.E.M. colocou esses meios em áreas onde já começa a existir uma rede V.M.E.R. (que funciona com qualidade), e com tempos de transporte curtos para os Hospitais. Esses meios fariam mais falta exactamente nas áreas mais distantes, onde os tempos de transporte são demorados e os recursos hospitalares parcos. Podemos facilmente concluir que existem assim Portugueses de primeira e de segunda. Também não é verdade que existe falta de profissionais: esse mero chavão, tão frequentemente utilizado para servir como desculpa para ocultar falhas no Sistema de Saúde, não se aplica aqui: As VMER por exemplo só apresentam inoperacionalidades por falta de Médicos, e praticamente só de manhã, porque dependem do voluntariado dos Profissionais que estão ocupados nos períodos matinais. Não há falta de Enfermeiros e Tripulantes de Ambulâncias. O que existe é falta de formação, definição de carreiras profissionais e organização e essa responsabilidade é também do I.N.E.M.! A Lei orgânica é clara nesse aspecto.

5. As três Associações decidiram ainda apresentar 10 medidas que poderiam ser implementadas por parte do Governo, em concordância do programa do mesmo e em plena sintonia com as próprias orientações do Exmo. Sr. Primeiro Ministro em elevar o padrão formativo dos profissionais e optimizar tecnologicamente o país. Não nos move a crítica ao poder político. Apoiamos e aplaudimos a reestruturação ambiciosa da Rede de Urgências impulsionada pelo Exmo. Sr. Ministro Da Saúde, congratulando-nos pela excelente equipa que constituiu e que inclui profissionais reconhecidos. Apelamos no entanto ao Exmo. Sr. Ministro para que receba os representantes desta plataforma associativa comum para analisar a realidade dos factos, ouvir proposta exequíveis e disponibilizar os recursos possíveis para garantir, tal como proposto pela A.P.M.E., a cobertura do território com Suporte Avançado de Vida em 10 - 15 minutos. Sem financiamento adequado continuaremos a perder vidas de Portugueses de forma intolerável! É simplesmente repugnante presenciarmos Portugueses a lutar contra a morte, politraumatizados e encarceradas em acidentes de viação, sem terem Socorro Médico em tempo útil, enquanto o organismo que gere a Emergência Médica em Portugal disponibiliza tantas vezes meios para situações mediáticas (chegada da Selecção ao Aeroporto, Rock in Rio, operações de segurança a VIP´s e representantes políticos em países estrangeiros etc.). Se existem recursos para esses eventos (e bem), então é imoral advogar que não temos profissionais para garantir uma cobertura de socorro do território nacional.

6. Desejamos manifestar a esperança, de que os deputados que estiveram presentes na audição accionem os mecanismos legais para responsabilizar juridicamente e fazer cumprir a Lei por parte de quem viola o princípio mais elementar do Sistema Democrático: o cumprimento da Lei.

7. Referente a afirmações proferidas de que as críticas seriam feitas por que nada fez por melhorar o Sistema ficou também ai patente que o representante do I.N.E.M. faltou à verdade. A Competência em Emergência Médica mencionada pela Exma. Dra. Maria de Belém Roseira como boa medida e exemplo, nasceu duma proposta do Presidente da A.P.M.E. publicada na revista da Ordem dos Médicos, e no próprio dia da audição foram feitas várias propostas sectoriais, como pôde ser testemunhada por que assistiu a analise efectuada.

8. Concluímos com a esperança de que nenhum sócio ou dirigente sofra represálias, como já sucederam no passado, pelo simples facto de assumirem os seus deveres como cidadãos, organizando-se por uma causa justa e manifestado as suas preocupações perante os Portugueses. As três Associações estão abertas ao diálogo, nomeadamente com o Ministério da Saúde e o Ministério da Administração Interna, e desejam contribuir com ideias e propostas concretas. A nossa preocupação é unicamente, como já referido, apoiar todas as medidas que contribuam para melhorar o Socorro no nosso país.

Os Presidentes das Associações

Albino Gomes (apeeph)
Nelson Batista (anteph)
Vítor Almeida (apme)

Lisboa, 15 de Julho de 2006


10 medidas para optimizar a capacidade de Emergência Médica em Portugal:
1) Criação de uma Lei que consagre o direito do Cidadão a acesso a Suporte Avançado de Vida em tempo útil (10-15 minutos)
2) Criação da Especialidade de Medicina de Emergência, tanto na Carreira Médica como na Enfermagem.
3) Integração da Emergência Médica nos Curricula da Formação Médica como valência própria facilitando assim o recrutamento de Médicos.
4) Criação de um grupo de trabalho para definição de uma carreira técnico-profissional de Técnico / Bombeiro Especialista em Socorro Pré-Hospitalar, integrando I.N.E.M., S.N.B.P.C., Liga dos Bombeiros, Ordem dos Médicos e de Enfermagem, Associação Portuguesa de Medicina de Emergência (APME), Associação dos Enfermeiros de Emergência Pré-Hospitalar (APEEPH) e Associação Nacional de Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar (ANTEPH).
5) Instituição de cursos de Emergência Médica multidisciplinares em estabelecimentos de ensino credenciados para optimizar a interligação entre os vários intervenientes.
6) Definição legal da V.M.E.R. e da composição da equipa e resolução das inoperacionalidades existentes, como proposto em documento da Associação Portuguesa de Medicina de Emergência (APME) entregue ao Ministério da Saúde (documento anexo)
7) Complementação das Ambulâncias I.N.E.M. com um terceiro elemento, (cumprindo a Lei) que poderá ser recrutado no âmbito dos cursos de TAS (formando / voluntário) sem custos adicionais.
8) Fiscalização determinada e punição severa das ilegalidades supracitadas.
9) Reestruturação do Socorro Aeromédico e colocação de Equipa Médica INEM nos Helicópteros do S.N.B.P.C. / Loulé e Santa Comba Dão 24/24 h.
10) Consagração legal, tal como proposto pela ordem dos Médicos, da Desfibrilhação Automática por pessoal não-médico.

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Assim

Assim como falham as palavras quando querem exprimir qualquer pensamento,
Assim falham os pensamentos quando querem exprimir qualquer realidade.
Mas, como a realidade pensada não é a dita mas a pensada,
Assim a mesma dita realidade existe, não o ser pensada.
Assim tudo o que existe, simplesmente existe.
O resto é uma espécie de sono que temos,
Uma velhice que nos acompanha desde a infância da doença.

Alberto Caeiro, 1-10-1917

Copy/Paste

Jornalismo de referência
A propósito do regresso o Jardel a Portugal (vai para o Beira-Mar, se conseguir encontrar o caminho), o JN faz um breve resumo da sua passagem por clubes lusos, escrevendo a certa altura: “ … regressou, então, a Portugal para jogar no Sporting, clube que Jardel ajudou a regressar aos títulos 18 anos depois ... ”
Três textos iguaizinhos. Quem copiou por quem?
Mentira! O tal de jejum terminou em 1999/2000 com El Matador. Nesse ano o Jardel jogava ainda pelos Andrades. Dois anos depois já estava entre os leões e ajudou a conquistar mais um título, mas essa conversa de que foi ele que ajudou o Sporting a regressar aos títulos já mete nojo.
Assim se faz jornalismo em Portugal: de ouvido, com plágio e/ou, mais grave ainda, mentindo intencionalmente.
Post gentilmente gamado às edições pirata

Terrorista


Afinal, a cabeçada sempre foi merecida, segundo relatam os jornais de Itália, Materazzi terá chamado "terrorista islâmico" a Zidane.

Lettera amorosa



Respiro o teu corpo:
sabe a lua-de-água
ao amanhecer,
sabe a cal molhada,
sabe a luz mordida,
sabe a brisa nua,
ao sangue dos rios,
sabe a rosa louca,
ao cair da noite
sabe a pedra amarga,
sabe à minha boca.



Eugénio de Andrade

Simplex

Simplex, afinal: Vírus Herpes Simplex (HSV) 1 e 2
Grupo: Grupo I (dsDNA)
Familia: Herpesviridae
Subfamília: Alphaherpesvirinae
Género: Simplexvirus
Espécie: Herpes simplex virus 1 (HSV-1)
Espécie: Herpes simplex virus 2 (HSV-2)
Os HSV são dois vírus da família dos Herpesvirus, com genoma de DNA bicatenar (dupla hélice) que se multiplicam no núcleo da célula-hóspede, produzindo cerca de 90 proteínas víricas em grandes quantidades. Têm nucleocapsídeo de simetria icosaédrica e envelope bilipídico. Têm a propriedade de infectar alguns tipos de células de forma lítica (destrutiva) e outras de forma latente (hibernante). Os HSV1 e 2 são líticos nas células epiteliais e nos fibroblastos, e latentes nos neurônios, donde são reactivados em alturas de fragilidade do indivíduo, como stress, febre, irradiação solar excessiva, trauma ou terapia com glucocorticóides (corticosteróides).
A produção de proteínas víricas pelas células tomadas pelo vírus têm três fases: na primeira produzem-se as proteínas envolvidas na replicação do seu genoma e essa replicação ocorre. Na segunda há produção de proteínas reguladoras víricas que regulam o metabolismo da célula para maximizar o número de virions produzíveis; e na terceira há produção das proteínas do nucleocapsídeo e construção das novas unidades virais, após o qual a célula é destruída pela grande quantidade de vírus que é fabricada.
Os HSV1 e HSV2 são muito semelhantes, mas apresentam algumas diferenças significativas. O HSV1 tem características que o levam a ser particularmente infeccioso e virulento para as células da mucosa oral. O HSV2 tem características de maior virulência e infecciosidade para a mucosa genital. No entanto, o HSV1 também pode causar herpes genital e o HSV2 herpes bucal.

GATO

"TE SENTES DIFERENTE ENTRE OS DEMAIS: Haverá poucas coisas mais urgentes do que visitar o sítio oficial de Ana Malhoa. Ao cimo, à direita, estão dois botões: um para quem quer percorrer a página ao som da, digamos assim, música de Ana Malhoa, e um outro para quem deseja manter-se saudável. Há que optar bem. Somos recebidos (como se fôssemos dignos de tal honra) pela própria cantora. Percebemos imediatamente que chegámos em má altura, uma vez que apanhamos Ana Malhoa em cuecas – mas não é por lamentarmos o sucedido que deixamos de prosseguir. Diante de nós está, de facto, Ana Malhoa, de microfone na mão, dedicada àquilo que melhor sabe fazer: estar de boca aberta. Como veremos adiante, Ana Malhoa revela uma pertinaz incapacidade para se deixar fotografar com a boca fechada. Já lá iremos. Por ora, detenhamo-nos um pouco mais neste estupendo frontispício. Uma inquietação mortifica os visitantes (mesmo aqueles que já desligaram a música). Ana Malhoa apresenta-se com a mão na anca, e parece evidente que está aos gritos. O que falta aqui? A resposta é óbvia: falta uma canastra de peixe para vender. E é isso que inquieta.O leitor atento nota ainda que a fotografia contém uma proposta (talvez mais que uma, mas só esta é que se pode verbalizar em público): Ana Malhoa propõe que o espectador relacione, por associação das expressões faciais, a identidade da artista com a do animal que traz estampado na camisola. O projecto, contudo, não é totalmente bem sucedido: se a boca e o sobrolho estão parecidos com os do tigre, já o olhar inteligente do bicho foi impossível imitar.Agora, é indispensável visitar a secção “Foto”. Numa análise preliminar, dir-se-ia que o que mais surpreende e entusiasma, em Ana Malhoa, é o modo como o sublime e o rasca habitam a mesma morada – embora por vezes seja preciso estar mesmo muito atento para dar com o sublime. É aqui que percebemos a filosofia do sítio oficial de Ana Malhoa. Dito simplesmente, o que está em causa não é a música, é o traseiro. O rabo de Ana Malhoa é o grande protagonista da página, o que me é, aliás, muito conveniente. Em música serei um leigo – mas de nádegas, meus amigos, de nádegas percebo eu. Talvez seja importante começar por salientar que, em rigor, as nádegas são uma especificidade do ser humano. Há na natureza quartos traseiros, há chambão, há pernil? Há. Mas aquilo a que se chama nádega, a convexidade glútea tal como a conhecemos e amamos, só a posição erecta consegue proporcionar. Eis as três características exclusivas da humanidade: a consciência da morte, a capacidade de rir, e o cu. Sendo que, volta e meia, aparecem associadas: pessoalmente, já me ri de alguns rabos; perante outros, tive a percepção aguda da finitude (por exemplo, pensando: “Diacho. Muito provavelmente vou morrer sem palpar aquelas nádegas”). Portanto, quando Ana Malhoa subordina o seu sítio oficial ao rabo, está a ser, talvez, demasiado humana. Mas, ainda assim, original. Há várias representações de nádegas na história da arte, desde a esteatopigia da Vénus paleolítica até às Três Graças, de Rubens. Porém, nenhum artista teve a ousadia de representar o rabo como Ana Malhoa. Refiro-me, especialmente, à fotografia em que, de fato-de-banho e saltos altos, a cantora exibe o rabo agarrada a duas cadeiras, enquanto dirige ao espectador um olhar desconfiado por cima do ombro. Uma observação cuidada do rabo (e eu fi-la) revela uma faixa branca, não crestada pelo Sol, na base das nádegas. Essa faixa láctea é todo um manifesto. Como se, por intermédio do rabo, Malhoa nos dissesse: “Possuo umas nádegas tão fartas que até o Sol tem dificuldade em tisná-las todas.” Quantas mensagens há, por essa Internet, mais interessantes do que esta?Chamo também a atenção para as fotografias de Ana Malhoa no banho. Muitos e bons pintores têm representado banhistas mas, uma vez mais, nunca como aqui. É uma vergonha para Cézanne, Picasso, Courbet e companhia, mas nenhum deles alguma vez se lembrou de pintar uma banhista num chuveiro com azulejos cor-de-rosa. Depois de contemplar Ana Malhoa no banhinho, parece-me óbvio que todo aquele que busca a beleza não pode continuar a negligenciar o poliban."

Texto de Ricardo Araújo Pereira, o Fedorento

Two Points of View

APME

Vítor Almeida, que esteve na última quarta-feira na comissão parlamentar de Saúde do Parlamento a pedido do Bloco de Esquerda traçou um quadro negro da assistência prestada pelo Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), afirmando que esta entidade de «não cumpre a lei» no transporte de doentes, tem falta de recursos e várias deficiências de organização.

De acordo com o presidente da Associação Portuguesa de Medicina de Emergência (APME), 220 das 270 ambulâncias de transporte de doentes usadas pelo INEM «não cumprem a lei por ausência de equipamento», além de violar também a legislação ao fazer o transporte com dois técnicos de socorro, quando as ambulâncias deviam sempre ter três técnicos.

Vítor Almeida acusou também o INEM de «propaganda», ao sustentar que o instituto tem 95 por cento do país coberto apenas pela rede de ligação do número de emergência 112 e não em meios médicos reais, capazes de assegurar socorro no local no período máximo de 15 minutos após a chamada.

O mapa que o presidente da APME mostrou aos deputados revela que a "âncora", como a designou Vítor Almeida, do INEM - as Viaturas Médicas de Emergência e Reanimação (VMER) -, estão localizadas essencialmente nos grandes centros urbanos e litorais, deixando, por exemplo, todo o Alentejo e o «interior desprotegido».

Questionado pelos deputados sobre as implicações desta
situação no transporte de grávidas - que se prevê aumentar com o encerramento de cinco blocos de partos de maternidades até à data e mais seis até ao final do ano -, o presidente da APME retorquiu que este serviço «pode vir a prejudicar o sistema de emergência médica».

«É dentro de cada hospital [cujo bloco de partos encerrou ou vai encerrar] que se deve encontrar solução» para o transporte das grávidas, frisou o médico.

INEM

O presidente do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) afirmou hoje que um terço das ambulâncias pararia se tivessem de funcionar com três tripulantes, como defende a Associação de Medicina de Emergência, e não dois, como acontece.
Luís Cunha Ribeiro falava perante a Comissão Parlamentar de Saúde, onde se encontrava a pedido do Bloco de Esquerda para esclarecer questões relacionadas com o transporte de doentes.

Na semana passada, a mesma comissão ouviu o presidente da Associação Portuguesa de Medicina de Emergência (APME), Vítor Almeida, que acusou o INEM de ter ambulâncias sem equipamento adequado.

Na altura, Vítor Almeida denunciou que 220 das 270 ambulâncias de transporte de doentes usadas pelo INEM «não cumprem a lei por ausência de equipamento», além de violar também a legislação ao fazer o transporte com dois técnicos de socorro ao invés de três.

Hoje, Luís Cunha Ribeiro assumiu que as ambulâncias do INEM trabalham com dois tripulantes e que, se tivessem de trabalhar com três, um terço ficaria parada por falta de pessoal.

De acordo com o presidente do INEM, não existe nenhum país onde as ambulâncias tenham três tripulantes e Portugal nunca o conseguirá ter, devido à falta de pessoal que quase não chega para manter as ambulâncias em funcionamento com dois tripulantes.

Luís Cunha Ribeiro não hesita em considerar mais útil para «salvar vidas humanas» manter as ambulâncias a funcionar com dois tripulantes, do que deixar inoperacional um terço das disponíveis para assegurar que as restantes tenham três tripulantes.

O presidente do INEM disse que está mais preocupado com as ambulâncias que, por falta de pessoal, circulem com apenas um tripulante, o que se deve à dificuldade em contratar médicos para a emergência médica, que exige um esforço físico incompatível com a idade avançada da maior parte dos profissionais no interior do país.

«Não consigo colocar médicos a trabalhar para o INEM no interior do país porque não há», afirmou.

Sobre as críticas da APME, o presidente do instituto visado disse apenas lamentar que sejam de alguém que, estando dentro do sistema, apenas ataque sem nada propor.

Luís Cunha Ribeiro esclareceu ainda que as ambulâncias do INEM são, actualmente, vocacionadas para o transporte pré-hospitalar. Por esta razão, especificou, os seus tripulantes não podem administrar medicamentos, pois o doente ainda não foi visto por um médico, a quem cabe prescrever fármacos.

Sobre a existência de material de reanimação - como desfibrilhadores automáticos externos, material de acesso venoso, monitor de parâmetros vitais - nos carros do INEM, o seu director clínico, Nelson Pereira, também presente na comissão, esclareceu que este só pode fazer parte de transportes cuja tripulação seja credenciada.

«Como a maior parte das ambulâncias do INEM não é conduzida por médicos, e só estes podem manusear estes equipamentos, não vale a pena estar a equipar viaturas com material que não pode ser usado», disse.

Contudo, e de acordo com Nelson Pereira, o INEM dispõe actualmente de 41 desfibrilhadores automáticos externos e 20 por cento das ocorrências a nível nacional são assistidas por ambulâncias com este equipamento.

Em relação às críticas da APME de que as Viaturas Médicas de Emergência e Reanimação (VMER), que contêm os desfibrilhadores, estão localizadas essencialmente nos grandes centros urbanos e litorais, Nelson Pereira esclareceu que esta é uma opção que visa salvar mais vidas.

«A paragem cardio-respiratória tem uma incidência de um em cada 10 mil habitantes e eu tenho de colocar os aparelhos [desfibrilhadores automáticos externos] onde há mais pessoas, que é também onde é maior a incidência».

Shine On You Crazy Diamond

Remember when you were young,
You shone like the sun.
Shine on you crazy diamond.
Now there's a look in your eyes,
Like black holes in the sky.
Shine on you crazy diamond.
You were caught on the crossfire
Of childhood and stardom,
Blown on the steel breeze.
Come on you target for faraway laughter,
Come on you stranger, you legend, you martyr, and shine!

You reached for the secret too soon,
You cried for the moon.
Shine on you crazy diamond.
Threatened by shadows at night,
And exposed in the light.
Shine on you crazy diamond.
Well you wore out your welcome
With random precision,
Rode on the steel breeze.
Come on you raver, you seer of visions,
Come on you painter, you piper, you prisoner, and shine!

Hasta Siempre Syd

Marretas

Segundo uma sondagem, a imagem dos políticos melhorou em Portugal durante o último mês. Claro, os filhos da puta mais recentes são o Henry e o Larrionda. Não foi por culpa do presidente, nem do governo, muito menos dos langões dos deputados ou dos desvairados dos autarcas, que os franceses nos voltaram a ganhar uma meia-final.
Hoje percebemos que a eliminação da selecção portuguesa nas meias-finais do Campeonato do Mundo foi da responsabilidade de Fernando Meira e Ricardo Carvalho, que não conseguiram arrancar a Zidane uma valente cabeçada, como Materazzi fez ontem à noite e que valeu à Itália mais um título mundial.
Quatro incêndios lavram nos concelhos de Guarda, Moura e Sátão, segundo informação do Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil (SNBPC).
Confirma-se: o futebol acabou.

Onde está a França?

Dó Maior

Acabei de ouvir, ao vivo, no estádio do Jamor, o Hino Nacional na voz de Roberto Leal. Foi miserável! Do pior que a Lusofonia tem para oferecer.

WRC de Regresso a Portugal

Tributo ao melhor "Colin Mcrae"

Quase nada

O amor
é uma ave a tremer
nas mãos de uma criança.
Serve-se de palavras
por ignorar
que as manhãs mais limpas
não têm voz.

Eugénio de Andrade - Poemas, (1966)

Metafísica

Que fazer aos milhares de bandeiras nacionais?

O «sistema»

“(…) o «sistema», isto é, as forças paralelas e às vezes ocultas, os interesses pessoais ou de grupos, as capelinhas, os pequenos poderes e os pequenos favores que condicionam mais do que devem a nossa vida colectiva, não existe apenas no futebol. Existe nas empresas, na administração pública, na política nacional e autárquica, nos partidos, nos sindicatos, nas escolas, nas repartições e por aí adiante. E exerce o seu poder corruptor em quase todos os campos, porque a corrupção de princípios, de valores e de regras é tão perniciosa e devastadora — ou ainda mais — do que a corrupção por dinheiro.”

Fernando Madrinha in Expresso

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21 de Julho
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